Apoiado pela Microsoft, o ChatGPT abriu o caminho com seu lançamento no final de 2022, e concorrentes têm pipocado desde então.
Um dos movimentos mais significativos aconteceu neste mês, quando a Alphabet, proprietária do Google, revelou o Gemini – uma IA que será integrada aos produtos da Google, incluindo seu chatbot e mecanismo de busca.
Mas a criadora do ChatGPT, a OpenAI, diz que não está parada. A empresa promete uma versão mais poderosa de seu software no próximo ano.
Em novembro, em uma conferência para desenvolvedores de software, o presidente-executivo da OpenAI, Sam Altman, disse: "O que lançamos hoje vai parecer antiquado em relação ao que estamos ocupados criando para vocês agora."
Enquanto isso, investidores estão injetando dinheiro no setor na esperança de apoiar o próximo grande agente do mercado.
De acordo com a plataforma de dados sobre investimentos PitchBook, em todo o mundo, as empresas de capital de risco investiram US$ 21,4 bilhões (R$ 102 bilhões) em startups de IA generativa e isso apenas até ao final de setembro.
Para efeito de comparação, no ano de 2022, foram investidos US$ 5,1 bilhões.
Mas alguns alertam que não devemos nos empolgar tanto. Ben Wood, analista-chefe da CCS Insight, diz que a IA generativa sofrerá um "banho de água fria" em 2024.
"Acreditamos que o hype ignorou alguns obstáculos que vão desacelerar o processo um pouco no curto prazo", diz ele.
Ele ressalta que é muito caro desenvolver e operar um sistema generativo de IA. Requer muito poder de computação e chips caros e escassos.
Para mitigar esses custos, ele prevê que parte da IA migrará para sistemas híbridos, onde parte do processamento será feito localmente – no laptop ou telefone do usuário.
Wood também diz que a regulamentação e as batalhas legais podem esfriar a febre atual pela IA generativa.
"As empresas podem se ver numa situação em que investiram muito dinheiro em um serviço alimentado por IA e depois precisam dar um passo atrás para estar em conformidade com a regulação.”
No primeiro trimestre do próximo ano, o milionésimo carro totalmente elétrico irá circular nas estradas do Reino Unido, de acordo com a Schmidt Automotive Research.
Isso fará do Reino Unido o segundo mercado, depois da Alemanha, a atingir esse marco.
Apesar disso, espera-se que 2024 seja mais um ano difícil para os fabricantes de veículos elétricos (VEs).
No final de 2023, Ford, GM e Tesla suspenderam planos para expandir sua produção de veículos elétricos. Em outubro, a Mercedes-Benz descreveu o mercado de veículos elétricos como "brutal", culpando a guerra de preços e problemas na cadeia de abastecimento.
Analistas não esperam que a situação melhore muito.
Matthias Schmidt, analista do mercado automotivo, prevê um ano de estagnação para as vendas de veículos elétricos em toda a Europa em 2024.
Em mercados tradicionalmente fortes como a Alemanha e a Noruega, ele não vê quase nenhum crescimento.
No entanto, no Reino Unido, espera-se que pouco mais de um quinto dos veículos vendidos sejam elétricos. A meta é atingir a meta de 80% até 2030.
Tudo isso pode ser uma ótima notícia para quem tem dinheiro para comprar um veículo elétrico.
No mundo dos produtos farmacêuticos, um tratamento tem vendido tão rapidamente que seu fabricante tem dificuldade em atender a demanda.
O medicamento para perda de peso semaglutida, comercializado sob a marca Wegovy, tem sido um enorme sucesso, chegando a tornar sua proprietária, a farmacêutica Novo Nordisk, a empresa mais valiosa da Europa por um breve período.
Para satisfazer a procura, a empresa dinamarquesa está investindo bilhões de euros na expansão das instalações de produção.
No momento, o Wegovy é administrado como uma injeção semanal, mas uma versão em comprimido está quase pronta. A Novo Nordisk não diz quando ela chegará ao mercado.
A empresa dinamarquesa pode esperar que apareça mais concorrência no próximo ano.
O medicamento Mounjaro, da Eli Lilly, recebeu recentemente aprovação como tratamento para perda de peso nos EUA e no Reino Unido, e a aprovação na União Europeia deve acontecer em breve.
Enquanto isso, a Pfizer também busca aprovação para sua pílula para perder peso.
Créditos: BBC